Daniel Campos

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01/10/2015 - De amor, cante

Encosta sua boca na minha para não deixar escapar uma só palavra do que precisa ser dito de bonito para nós dois. Palavras de amor não podem vagar sozinhas sob o risco de se rasgarem nas espinhas do depois. O tempo não espera. Nem todo dia é primavera. Só existe a bela porque existe a fera. Por isso, chega mais perto, florescendo meu deserto, causando reboliço, para escutar tudo o que eu tenho a soprar a sua alma em feitio de feitiço. Acalma sua pressa de ir e se permita a ouvir cada palavra que eclode como lava do meu peito em chama e explode em som num tom de quem ama acima da razão. Para que nada seja perdido, junta sua boca a minha e ouça a minha ladainha de sentimento que não pode cair no vento nem sumir ao relento. Toma tudo o que eu preciso dizer, com ou sem juízo, e não dá mais para adiar. Ouça, ouça cada sílaba, cada tônica, cada pausa que lhe destino como menino de correio elegante e se agigante de amor; De amor, cante.


Comentários

03/10/2015, por Joyce Telles:

Cante, Cantemos todos de amor pro mundo ser melhor.


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