Daniel Campos

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31/10/2015 - Quando durmo, sumo de mim

O sono é tanto que o meu encanto é me fazer dormir em qualquer canto. O corpo cochila. Os olhos pescam. A cabeça dá apagão. E sonho acordado para além da imaginação. Os carneiros nem precisam pular. As moças nem precisam fazer cafuné. As camas nem precisam ser macias. Onde o corpo encostar ele vai se entregar ao sono. E tem gente que tem fé no sonho. Que bicho vai dar? O que isso vai significar? Pra onde o sonho vai nos levar ou nos levou? Não sei, não fui, não vou... A carne tá cansada e alma é alada. O de fora fica o de dentro vai embora. A alma escapole e bole por aí. Meu corpo é o ninho, o espírito é o bem-te-vi, a alma é o que vale o caminho e pra todo lado ninguém está sozinho. Quando durmo eu sumo de mim.


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