Daniel Campos

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19/06/2008 - Sarcoma do retroperitônio

Independentemente de ideologias, há de se admitir que José Alencar, nosso vice-presidente, é um vencedor. Se não bastasse ter saído de uma infância pobre para se tornar um dos principais empresários do país, acaba de vencer um câncer complicado. A notícia de que após uma bateria de exames os tumores desapareceram do organismo de José Alencar trouxe um sentimento de felicidade para milhares de brasileiros que se renderam à simpatia deste mineiro. Desde 2006, o vice-presidente enfrenta um tipo de tumor raro conhecido como sarcoma do retroperitônio que o fez passar por três cirurgias e ver a morte bem de perto.

É claro que se fosse um pobre tinha morrido nas filas dos hospitais públicos. Mas se não tivesse vontade de viver e comportamento de guerreiro diante de tratamentos dolorosos, de nada valeria tanto dinheiro. E Alencar tem gana de continuar vivo. Quem sabe até para conseguir testemunhar um país melhor, aquele que ele acreditou que ajudaria construir aceitando ser vice de Lula, nos idos de 2002. Mas, da primeira campanha para cá, muita coisa não foi feita de acordo com os sonhos deste empresário. Aliás, ele foi repreendido muitas vezes e chegou-se a cogitar seu desligamento do cargo por defender uma economia mais humana.

Há uma teoria, pouco aceita pela ciência, mas de muita valia no cenário político, de que seu câncer seria decorrência do desgosto em relação às posições políticas do governo Lula. Basta observar que a política de alta dos juros é um dos males mais criticados por José Alencar. Às vezes penso que nós estaríamos em melhores condições se, mesmo contra todo o sonho da esquerda, o patrão tivesse sido presidente e o trabalhador, vice. Se Alencar deu conta de vencer o raríssimo e temido sarcoma do retroperitônio, o que não seria capaz de fazer com problemas cotidianos como a inflação e a estagnação econômica que tanto castigam o povo desta Pátria Mãe Gentil.


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