Daniel Campos

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16/09/2012 - Um pouco do tudo que sou

Eu não sou quem eu fui nem quem eu seria. Eu sou o que quis ser um dia, uma centelha de poesia. Sou como vento, intenso e sem forma definida. Sou como água corrente, levando barquinhos de papel, folhas e semente. Sou como pássaro que não se cansa das asas. Sou caramujo, levando uma casa nas costas. Uma casa de sentimentos. E sentimentos são como ventos soltos e revoltos que reviram de um tudo por dentro e por fora do mundo.

Eu não sou quem queriam que eu fosse. Eu sou o que sonhei e, o que cantei e, o que imaginei e, o que dancei e, o que chorei e, o que jurei e, o que amei e, o que matei e, o que batalhei e o que não sei. Não sei o que fui, o que sou, o que serei. Sou o retrato abstrato de um coração. Sou a sétima corda de um violão. Sou a quinta estação do ano. Sou o acerto escondido no engano e vice-versa. Sou a entrelinha da canção. Sou a criatura que versa.


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