Daniel Campos

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01/06/2015 - A falta do que não se sabe

Mesmo tendo aos pés o vasto mundo
Muitos reis ainda se sentem vira-latas
Às vezes temos tanto e temos tudo
Mas a sensação de que algo nos falta
De que ainda não estamos satisfeitos
É o que azeda o tal prato da existência
É o que desandará o ponto do perfeito
Essa incompreensão é o maior defeito
E essa gula pelo que nem se sabe o que
É a mais pesada das nossas penitências
É como se a incompletude do nosso existir
No ir e vir marcasse sempre sua presença
E a falta daquilo que nem se sabe o que
É mais do que um grilo, é do ser a doença
Que nos arrasta a uma busca destrutiva
Como se nosso peito guardasse uma ogiva
Nuclear que explode no constante faltar
Do que não sabe o que, para quê, por quê?


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