Daniel Campos

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Flor, fruto e sementes

Que o beijo
Beijado
No brejo
Dos amados
Dê-nos flor
Fruto
E, sobretudo,
Sementes.

Que da flor
Roube a juventude
E as cores
Puritanas
E que o perfume
Invada a garganta
E que a deixe
Seca e pálida
No meio das páginas
De um romance
Não terminado

Que do fruto,
Arranque o suco
E a carne
Do pecado
E que tudo isso
Escorra em sua boca
Suculentamente
E que depois,
O jogue na estrada
Desértica

Que das sementes
Não retire nada
Ao contrário
Doe-se a elas
Plenamente
Encha-as
Com tuas ilusões
Ainda não nascidas
Com seus sonhos
Impossíveis
E com suas palavras
Frágeis
E as lance ao vento
Que há de surgir
Do encontro
Entre a flor e o fruto.


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