Daniel Campos

Cerne do Afeto


1999 - Poesia

Editora Auxiliadora

Resumo

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Sina

A vida iludia, iludia, iludia
A lua surgia, surgia, surgia
E o amor, o amor, o amor morria.

A vida é uma ilusão
O homem nasce, morre
Sem a razão
De quem nasce
No sopro do chão
De quem morre
Como uma canção
Agonizando nas bocas
Que de tão poucas
O amanhã não vai se lembrar
E ninguém há de chorar
Na tristeza de uma lua.

A vida iludia, iludia, iludia
A lua surgia, surgia, surgia
E o amor, o amor, o amor morria.

A vida é uma lição
Onde o aprendiz não entende
Mas a ela se rende
Em total devoção
Os amigos terão novos amigos
Os sonhos acabarão perdidos
Palavras escritas irão se apagar
Neste caminho outros vão passar
As rosas dadas hão de desbotar
E as bocas juradas
Não ficarão guardadas
Para o infinito.

A vida iludia, iludia, iludia
A lua surgia, surgia, surgia
E o amor, o amor, o amor morria.

A vida é uma ilusão
O amor nasce, morre
Sem a explicação
De quem nasce
No olhar em vão
De quem morre
Sem perdão
Renascendo a cada noite
Morrendo em um açoite
Na mulher que encanta
Na mulher que estanca
O pranto de uma lua.

A vida iludia, iludia, iludia
A lua surgia, surgia, surgia
E o amor, o amor, o amor morria.


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