Daniel Campos

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27/08/2010 - Depois da quimioterapia, a magia das flores

Aos pacientes com câncer, as flores. Ao menos, é isso o que diz a medicina chinesa. Não que as flores enfeitarão a morte dos enfermos ou quebrarão a tristeza dos ambientes onde são realizadas as temidas e angustiantes sessões de quimioterapia, mas possibilitarão o Huang Qin Tang.

O antigo remédio é feito com flores de peônia e escutelária, além da seiva de uma árvore. A fórmula não traz a cura do câncer, mas alivia os doentes dos vômitos e diarréias decorrentes da quimioterapia.

As flores vencendo a química. A vida vencendo as drogas. O perfume do mundo vencendo o universo sintético.

E não são quaisquer flores. Você já viu uma peônia? São flores vistosas, com pétalas simples, semidobradas ou dobradas em diferentes tons de rosa. Peônias púrpuras, pinks, pêssegos. Flor delicada e romântica, batizada em homenagem a Peone, o deus da medicina.

As peônias vermelhas que se levantaram sem espinhos nos levam à Virgem Maria.

Já a escutelária é selvagem, é ousada, é sedutora. É relaxante e acalma os olhos e os pensamentos. As flores nascem em cálices vermelhos e amarelos alaranjados de ramos arroxeados e quadrangulares.

As mistura das duas, mais a seiva de uma árvore, é um convite ao sentimento. Quem disse que não é possível vencer uma guerra de dores e revoltas usando flores?


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