Daniel Campos

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05/05/2015 - Meu pai, ó veja só...

Meu pai, ó veja só, deixa eu lhe mostrar a nova de Caetano. Entre um verso e um universo, vou lhe falar dos meus planos. E quando Caetano parar de girar na vitrola não chora nem vá embora pois vou colocar para rodar o piano do maestro soberano que tal e qual você a gente ama e se chama Antônio Carlos. Ó veja só, um é Jobim, passarim; Outro é rato, Ratz. Antes do fim, vamos por partes. Aqui ou em Marte a gente se encontra por meio da arte. Que tal algumas páginas de um poeta português. Ou será que a pedida do dia são os quadrinhos de um certo gaulês. Asterix, Obelix, Ideiafix. E quando tudo se acalmar que tal o repique da bateria da nossa verde-rosa. Olha pai, meu pai, lá vem Cartola puxando a nossa escola que é vizinha da azul e branco de Paulinho da Viola. Música para gente não é de araque. Somos de tirar acordes da manga feito Mandraque. No nosso dicionário Manda-Chuva é um gato, a página dois da Folha é um porta-retrato e Chico Buarque é rei de direito e de fato. Meu pai, ó veja só, descobri um disco da Clementina com Adoniran agora pela manhã enquanto você estava na banca comprando Tio Patinhas. E viva a vida hoje tem arroz com carne-moída. E antes de pegar a estrada, aceito uma dose de Vinícius, uma pedra de Drummond, mais um som do nosso Tom e uma fatia de marmelada ou uma colher de abóbora bem apurada.


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