Daniel Campos

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24/02/2010 - O amor é mais

Podem me criticar e até zombar de mim, mas eu não vou parar de falar de amor. Longe de capricho ou fetiche, falando de amor, e só assim, é que eu existo. Não minto. Meus textos de amor não são tratados, estudos científicos ou resoluções programáticas, tratam apenas, se quiserem pensar dessa forma, de palavras codificadas pelos corações. Portanto, talvez minhas escritas não façam uma revolução na vida política do país, mas são capazes de dar outro matiz a quem não diz o amor.

Meus textos pretendem dar à vida uma face mais leve e sentimental. Ao boicotar sentimentos endurecemos a existência. Meus artigos amorosos são uma forma de pedir clemência à ditadura do anti-romantismo que foi instalada. Eu faço rimas, sim. Eu verso e versejo o mundo, sim. Que mal há em um poeta falar de amor? Será que vão me censurar? Será que vão me enlouquecer e me ofender e me torturar? Podem continuar a me boicotar, mas não deixo de falar de amor.

Depois das inquisições religiosas, agora vão acender fogueiras para queimar aqueles que amam e amam demais. Querem extinguir os amantes, os apaixonados, os cupidos e afins. De agora em diante quem quiser amar vai ter de ser soldado de seu amor, pronto a defender a criatura amada e uma vida a dois. A semente da superficialidade vingou sufocando as relações profundas e toda poética do amor está condenada a se transformar em bundas para lá, bundas pra cá.

O amor é mais...


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