Daniel Campos

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04/06/2014 - Olha o amanhã

O mestre do tempo de olhar timoneiro professou aos meus ouvidos: deixa de tolice, de crendice, de maluquice – o amanhã já nasceu, embala-o ou abandona-o. Custei a entender, mas depois compreendi que eu nada perdi porque tudo ainda tenho em mim e para mim. O dia de amanhã já faz parte do hoje. Ninguém vai acontecer no futuro se já não tiver acontecido, pelo menos em parte, no passado. O destino nos dá e nos puxa as linhas de nossa vida, mas cabe a nós resistirmos ou não. Antes de procurar o dia de amanhã lá na frente, volte-se para o seu lado e me diga o que vê. Você pode querer guardar o amanhã para você, mas nunca poderá guardar você do amanhã. É necessário alimentar o que queremos antes que o nosso querer grite de fome. De fome de nós próprios. Você quer um novo começo sem medos, sem defeitos, sem pesos. Porém, quando é que você vai começar a abrir mãos desses medos, defeitos e pesos para permitir que esse novo começo, que já habita em você, tenha vez. Mais do que levar sementes, você é o que deve ser plantado para ser colhido numa outra forma numa outra época. O amanhã já nasceu, embala-o ou abandona-o.


Comentários

09/06/2014, por Gasparotto:

Irado


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