Daniel Campos

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04/02/2017 - Podemos nos despedir, não sumir

Eu odeio despedidas. Pode parecer clichê, mas eu odeio. Fazer o quê? Não tem jeito. Por mais que eu tente, não consigo manter todas as pessoas que fazem diferença na minha vida perto de mim. Mas, por mais que você vá, geograficamente falando, para longe, continuará em mim. Afinal, são tantos momentos vividos juntos que vão se repetindo, repetindo, repetindo em tons de eternidade nas minhas memórias. Eu queria que você ficasse, mas não posso pedir isso. Não quero te prender. Quero que seja livre, e seja feliz onde estiver.

Não importa para onde vá, eu vou junto. Posso não caber na sua mala, mas vou estar presente em tudo o que nos une. Afinal, nós somos feitos do que fizemos, do que sonhamos, do que despertamos de bom no outro. Por isso, nem adianta querer fugir de mim, pois não vai conseguir. Já faço parte da sua vida como você faz parte da vida. E isso para sempre. Sempre pode parecer muito distante, mas não admito nada menos do que “para sempre” em se tratando de nós. Podemos nos despedir, mas não vamos sumir um do outro.

Enfim, estou fazendo tantos rodeios porque não quero dizer tchau, adeus, até um dia. Prefiro dizer até logo, até já, até amanhã. Mas, acima de tudo, quero que fique bem. Independente do lugar em que estiver, que esteja feliz. E quando a saudade apertar, me liga, me chama, me marca. Despedida é só uma forma de nos encontrarmos de outro jeito. Não é o fim, é a continuação, só que de outra maneira. Não é o ponto final, mas uma vírgula. Isso tudo o que disse tenta inutilmente aquietar o meu coração, que como eu, odeia despedidas.


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