Daniel Campos

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02/12/2010 - Quando a gente

Quando a gente saiu, eu entrei. Quando a gente se foi, eu voltei. Quando a gente acabou, eu comecei. Quando a gente beijou, eu mordi. Quando a gente parou, eu dancei. Quando a gente curou, eu feri. Quando a gente falou, eu calei. Quando a gente secou, eu chovi. Quando a gente prendeu, eu fugi. Quando a gente acreditou, eu menti. Quando a gente fechou, eu abri. Quando a gente achou, eu perdi. Quando a gente semeou, eu colhi. Quando a gente chorou, eu engoli. Quando a gente sorriu, eu amei. Quando a gente caiu, eu cantei. Quando a gente ligou, eu desliguei. Quando a gente ficou, eu jurei. Quando a gente ofertou, eu me dei.

Quando a gente sumiu, eu apareci. Quando a gente casou, eu sonhei. Quando a gente brigou, eu esqueci. Quando a gente escondeu, eu descobri. Quando a gente procurou, eu fingi. Quando a gente perdoou, eu voei. Quando a gente comeu, eu rezei. Quando a gente tremeu, eu bebi. Quando a gente tropeçou, eu sustentei. Quando a gente poetou, eu versei. Quando a gente se pôs, eu me pus. Quando a gente se opôs, eu fui cruz. Quando a gente se cruzou, eu pari. Quando a gente rimou, eu nasci. Quando a gente se despediu, eu me arrependi. Quando a gente se reencontrou, eu acendi. Quando a gente se queimou, eu renasci.


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