Daniel Campos

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08/10/2011 - Steve Eva Jobs

Steve Joobs, como uma espécie de nova Eva, ao morder uma maçã gerou uma nova civilização. E se essas máquinas têm o seu DNA correndo em suas correntes elétricas o homem que morreu é o mesmo homem que viveu e viverá a cada download, a cada email, a cada clique do mouse. Steve Joobs enganou a serpente da morte ao entregar sua sorte em nossas mãos, ao levar seus sonhos para dentro da nossa casa, ao tomar de conta de nossos olhos e ouvidos e sentidos.

O homem que reinventou o nosso modo de escrever, de viajar, de corresponder, de saber, de navegar, de ouvir, de cantar, de aprender, de ensinar, de se divertir e de amar a máquina não pode simplesmente morrer. A morte, neste caso, é menor do que sua obra, do que sua revolução, do que sua linguagem. Seus filhos computadores e i-pads se misturaram aos homens causando prazer e dependência como uma nova Eva. Uma Eva tão inteligente quão sedutora.

Quantos de nós temos Steve Joobs vivo em nossos backups? Quantos de nós o transformamos em uma espécie de deus virtual, onipresente o onisciente em nosso cotidiano eletrônico? Quantos de nós acreditamos e desfrutamos de suas criações sem nem ao menos saber seu nome? Quantos de nós confundimos seu rosto com uma interface gráfica? Quantos de nós algum dia já desejamos morder aquela maçã mordida? Quantos de nós fomos, por sua ação, expulsos ou reconduzidos ao paraíso?


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