Daniel Campos

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08/07/2011 - Um convite a Inês Pedrosa

Depois de me possibilitar conhecer Vinícius de Moraes, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Jorge Amado, Dante Alighieri, Fiódor Dostoiévski, José Saramago, Pablo Neruda, Fernando Pessoa e tantos outros poetas e escritores que, ao longo da minha infância e adolescência, forjaram a minha alma, meu pai me apresentou Inês Maria Margarida Pedrosa, ou simplesmente, Inês Pedrosa.

Com a certeza de que havia descoberto mais uma pérola, colocou em minhas mãos o romance “Fazes-me Falta” da escritora portuguesa contemporânea. Uma obra que mistura literatura e poesia com carregadas doses de lirismo e sotaque lusitano. Adentrei a noite lendo aquelas linhas que chegavam a tirar meus pés do chão numa narrativa capaz de fazer brotar uma infinidade de asas em minha alma.

Anoiteci entre palavras e lágrimas. O livro ainda pulsava numa mesinha de canto. Um livro vivo que chega a queimar as mãos, a embaralhar os sentidos e dar uma nova interpretação ao que estamos sentindo ou pensando. Um livro mágico desses difíceis de conseguir se desvencilhar depois do primeiro encontro. Eu o deixei, com suas abordagens de tempo e saudade, ao lado das coisas de meu pai, mas ele me seguiu.

Como Vinicius, Graciliano, Guimarães... Inês Pedrosa se torna mais um retalho dessa grande colcha que reveste meu eu interior. Eu que já tenho sangue português, agora ganho um carga extra de poética vinda diretamente da terrinha.


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