Daniel Campos

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Café ipanema

Ondas enluaradas
Pássaros ao som do luar
Nasciam madrugadas
Estrelas caiam a cantar
Canções de um mesmo tema
Soavam no café ipanema
Num tempo de ilusão.

Um piano, não
Uma poesia, não
Uma aquarela, não
Foi só imaginação
A lua é tão vazia
Morreu a fantasia
Um barquinho, ia
Uma primavera, ia
Um violão, ia
Ia se tornando nostalgia
Naquelas noites
Embriagadas de melodia
Em tão falsas namoradas
Tendo o nome de ipanema.

Quantos poemas
Não ficaram por lá
Nas toalhas daquelas mesas
Inspirando os casais
Que ficaram por ficar
Fotografias em cenas
Faziam de ipanema
Um sarau
Entre o mar e o carnaval
Um porta-retrato dourado
Que ficou calado
Na imagem do corcovado.


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