Daniel Campos

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11/09/2015 - Como o pescador

Eu amava como sonhava
O pescador
Que ia para o mar e rezava
Para voltar pro seu amor
E quanto mais
O barquinho chacoalhava
Pelas ondas ainda mais
O pescador se apegava
Na lembrança da sua iaiá
Que ficou do lado de lá
Iaiá não tirava os pés da areia
Era feita de terra, de solo firme,
Já ioiô, o pescador, vivia de caso
Com alguma sereia num filme
Do acaso entre a doce iaiá
E o mar salgado

Eu sonhava como amava
O pescador
Que ia para o mar e pescava
Esperanças pro seu amor
E quanto mais
O barquinho na água entrava
Naquela imensidão mais
O pescador se lembrava de iaiá
Que ficou do lado de lá
Ioiô, o pescador, era de abusar
Enfrentava quem quer que for
Netuno, Poseidon e Tritão
Por conta do amor a iaiá
Que ficava lançando olhares
Ao mar como redes tentando
Arrastar ioiô pros seus altares


Comentários

11/09/2015, por Joyce Telles:

Bela construção. Leve e profundo ao mesmo tempo. Um achado!


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