Daniel Campos

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01/05/2016 - Eu e as serpentes

Era eu
Inocente
Querendo ter veneno
Para participar do banquete

Era eu
Foguete
Querendo ser pequeno, sobra,
Para caber nas presas das cobras

Era eu
Solitário
Querendo ser junto, conjunto
Duas partes de um relicário

Era eu
Diferente
Querendo ser igual, tal e qual,
Aquelas malditas serpentes

Era eu
Apaixonado
Querendo abrir mão dessa grandeza
Para me igualar na tristeza da dor

Era eu
Desesperado
Querendo envenenar o próprio
Coração. Eu pescador do indócil.


Comentários

03/05/2016, por Dalva:

Você, como sempre, vai fundo. Amei a simbologia que imprimiu nos versos.


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