Daniel Campos

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Na cabeça da mulher que ama

Na cabeça da mulher que ama
Um carrossel de pensamentos
Vai rodando rodando rodando
E a tirando do prumo
Do juízo perfeito
Se é que existem o juízo e o perfeito
Quando se vive o amor.

Entre mordidas em bocas
E em maças do amor
Os sonhos
Giram nas voltas
De uma roda gigante
Às vezes eles estão perto
Nas outras, longe do alcance
E dos olhos da mulher que ama
Mas é lá no alto da paixão
Que eles se reavivam.

E há balões de gás e algodão doce
E há foguetes e xícaras que rodopiam
E há um urso de pelúcia e uma bola
Imensa e colorida
Habitando a cabeça da mulher que ama.
E há sussurros, murmúrios, suspiros
Gemidos, falsetes e gritos
De prazer e medo
Em subidas, loopings e descidas
Da montanha russa
Que é a cabeça da mulher que ama.

Há um suspense, um tiro e um desafio
Há uma emoção e um de repente
Há uma libertinagem prestes a escapulir
E há um gosto adolescente
E há um quê de adrenalina
E há um estouro de pipoca
De caramelo ou de groselha
Na cabeça da mulher que ama.

Há trenzinhos
Dentro de montanhas encantadas
Há monstros
Habitando castelos mal-assombrados
Há barcos vikings
Que balançam feito pêndulo
E há uma série de luzes e sons
De cores e cheiros
De tremores e arrepios
Na cabeça da mulher que ama.


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