Daniel Campos

Imprimir Enviar para amigo
Samba -enredo

O amor nasceu
O amor nasceu
De um sorriso
Em flor
E nem foi preciso
O esforço
De um encantador
Pra se encantar
Tão logo o sol amanheceu
Seu coração
Caiu nos braços do luar.
A lua, fêmea inquieta
No ardor de uma canção
Escorregou pelas estrelas
E beijou o sol
Que se tornou poeta
O mundo se estendeu
Na paixão do sol
Na ilusão da lua
E ninguém mais entendeu
Quando era noite
Quando era dia
O mundo caiu na folia.

E gira que gira a terra
Raia o sol raia a lua
A bela roda nua
Nas rodas das hordas da fera.

O senhor do tempo
Trouxe tempestade
Afastou caminhos
Quebrou destinos
Trouxe a saudade
O folião chorou
Quando em pleno inverno
Quarta-feira de cinzas chegou
O sol foi condenado
A viver longe da lua
Que numa tristeza louca
Fez nascer no céu da boca
Da criatura separação
As estrelas da escuridão.
Ah! Mas o amanhã
Não se apagou
A chama da poesia
Dia a dia
Um poeta iluminou
E graciosas
As rosas
Se tingiram
De vermelho
E os olhares
Feito pares
Perfeitos se viram
No espelho
Do carnaval
É carnaval
O sol e a lua
Vão se reencontrar
Em plena avenida
Onde a despedida
Não tem lugar
É carnaval
O sol e a lua
Vão se reencontrar
Em plena avenida
Onde a vida
Só pode amar...

Dos deuses do samba
Amanheceu um rouxinol
E num coração de bamba
Anoiteceu o canto do sol...


Comentários

Nenhum comentário.


Escreva um comentário

Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.

voltar