Daniel Campos

Imprimir Enviar para amigo
Soneto na roseira

De repente, a chuva cai de cair
Na rosa em botão do velho canteiro
E ela perde a virgindade ao se abrir
Nota por nota nas mãos de um violeiro

Um bruxo triste do encanto caboclo
Que trança o aço da corda no compasso
Da rosa da chuva e guarda no oco
Da viola, todo o seu verde espinhaço.

A chuva escorre no riacho da estrada
Peixe vira rosa água roseiral
Menina que ali bebe vira tal

E qual rosa cabrocha enfeitiçada,
Que de rosa desabrocha vermelha
Ao se entregar ao desejo da abelha.


Comentários

Nenhum comentário.


Escreva um comentário

Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.

voltar