Daniel Campos

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Soneto tombado

Tomba aos olhares da mulher e zomba
Da quizomba de um negro deus qualquer
Que desfolha do bem o mal me quer
Em pétalas dos olhos de pitomba

Desce nos olhos da mulher e cresce
E engrandece o deus do amor vagabundo
Que daquele céu escuro fez seu mundo
E ali até do tempo de nós se esquece

Dança nos olhos da mulher criança
Avança à pupila do deus em valsa
E se lança só na lança da espera

Morre nos olhos da mulher e escorre
E corre num mar de sal feito a balsa
De um deus pirata que não lhe socorre.


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