Daniel Campos

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Suspiros

Esculpida em serenata
Na aquarela do sereno
O mundo hoje é pequeno
E sai às ruas a desfilar
Bar em bar
E em passos de passarela
Espalha perfume no ar
Eis um aroma de canela
Um sorriso, um olhar
A embriagar
O asfalto que se torna mar
Para a mulher de lá passar.

Levanto da arrebentação
Volto-me ao passado pagão
Vestido de samba
E desço o morro da ilusão
Atiro-lhe um verso
E do amor lhe peço
Aflito e palpito e grito
Enquanto tímida pela praça
Sai emanando graça
Pelas ondas brancas e pretas
Da calçada litorânea
Ao passo que a brisa
Aterisa em suas tetas
Num perfume de macadâmia.


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