Daniel Campos

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16/02/2015 - Uma condor

Corra sua mão por meu corpo sem qualquer parada
Descobrindo o meu mapa astral tatuado de nascença
Beba das profecias que me fazem o que sou e diga
Que me amou, ama e amará como amante, amiga
Amada com toques barrocos modernos da renascença
Lambuze-se das minhas águas profanas, sagradas
Marcando presença em cada reduto secreto ou não
Que compõe o meu estandarte, beija, ai me beija
Com a arte dos lábios dobrados como flor de renda
Venda meus olhos nos óleos dos seus olhos
Numa cortina de sedução e sensualidade
E não se emenda de juízo enquanto se desvenda
Corpo a corpo, pele atritando pele, aromas
Que se misturam como leões de roma
Toca o manto da minha nudez e de uma vez
Se consagre por milagre ao altivez do amor
Que nos leva da cama ao décimo novo céu
Nas asas quentes ardentes de uma condor
Sem pedir licença, perdão ou por favor


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