Daniel Campos

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05/12/2010 - Mulher de Copenhague

Castelos, reis e rainhas habitam a mulher que leva um buque de rosas de Copenhague. Rosas de seiva. Rosas de sangue. Rosas de chocolate. Quantos filmes, desenhos e histórias nascem da língua açucarada dessa mulher que tem um quê dos contos de fadas de Hans Christian Andersen. O amor que nela habita é monárquico, tão glamoroso quão autoritário. No entanto, as paixões que nutre são tão destruidoras como os vikings que um dia correram seu território.

O que se vê pela alma da mulher amada é uma mescla de construções antigas com prédios de design moderno. Diante da mulher de Copenhague há troca de guarda, entre guardiões do passado e solados do futuro. Ela vem de uma família real embora tenha tantos sonhos mundanos. É o sagrado e o profano duelando por sua dinastia. É o patinho feio se tornando cisne. É a dona dos sapatinhos vermelhos. É a pequena sereia habitando seus mares escandinavos.

O inverno da mulher de Copenhague é rigoroso, portanto, qualquer sinal de verão em seu corpo pode e deve ser muito comemorado. Mas cuidado, pois sóis-sorrisos são escassos e as lágrimas, templos de glaciação. Seus olhos flutuam por entre uma cadeia montanhosa feita de colinas e lagos ocultos. Bebe de uma religião pré-cristã, repleta de lendas e crenças. Pelo dito e pelo não dito, a mulher de Copenhague tem aos seus pés um reino de contos de fada que ela faz uso da maneira que lhe for conveniente.


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