Daniel Campos

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18/08/2010 - O diabo que te carregue

O diabo que te carregue. Que te carregue para o inferno, para o fogaréu, para as sombras, para o cemitério, para o léu. Sinceramente, não me importa para onde desde que ele te carregue para bem longe de mim. Não quero mais ver sua cara de pau, ouvir suas mentiras, sentir seu cheiro enjoado. Chega de tanta ruindade, de tanta maldade, de tanta crueldade. Basta dos castigos que me vem dando, das coisas que me vem aprontando, das máscaras que vem empregando.

O diabo que te carregue, que te arraste, que te puxe, que te leve daqui do jeito que quiser. Não tenho pena, dó, misericórdia, compaixão ou quaisquer outros desses sentimentos ditos divinos. Sou humano, propenso a falhas e falta de paciência. Eu não queria ser tão indelicado, mas já que pisou no meu calo por diversas vezes: o diabo que te carregue. E não negue qualquer familiaridade com o demônio. Aproveitem para falar mal dos outros, fazer fofoca e comer um churrasquinho.

O diabo que te carregue. Pois eu, desde já, te esconjuro. Xô satanás. E eu me benzo e me curo com o rabo do burro. Vá de retro, coisa ruim. Vai por ai que eu vou por aqui. Chego a ter pena do diabo que vai ter de agüentar essa sua conversa fiada. Êta lasquêra. É capaz de o cramulhão lhe abandonar no meio da estrada. To nem ai, to nem aqui. Também não estou ali. Como dizem, lavo as minhas mãos. A partir de agora, o diabo que te carregue.


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