Daniel Campos

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22/09/2013 - Sabores de domingo

O domingo amanhece com molhos de tomate borbulhando no fogo baixo. Molhos que mais tarde darão vida às famosas macarronadas. Os frangos giram 360° nas máquinas em frente a padarias, açougues, quitandas. O homem sai em busca do carvão, que logo mais vai ser queimado em uma churrasqueira no quinta. Asinhas, linguiça, cupim, picanha e até dúzias de pão de alho se oferecem aos espetos. A mesa do café da manhã ganha pães, bolos, tortas e jornais e revistas. E o açúcar vai caramelizando enquanto os pensamentos já se vão pela sobremesa.

O domingo amanhece numa infinidade de sabores e aromas. Sente-se o gosto e o cheiro da preguiça, do descanso, da conversa solta no meio da rua. Da cama tardia, do beijo demorado, da brincadeira das crianças e daquelas que já não são tão crianças. Da música mais alta, do futebol, das corridas. Da cerveja, da caipirinha, do uísque solitário. Sente-se o cheiro e o gosto do clube, da cachoeira, da praia. Da casa da avó, da fé praticada nos mais diversos locais, dos pássaros que cantam livres de carros e buzinas. Dos encontros, das histórias, das entregas dominicais.


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