Daniel Campos

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Encontrados 217 textos. Exibindo página 22 de 22.

Criador e ator

Os poemas
Que lhe fiz
Um dia os quis
E sabia dos temas
Não disfarce
Que eu lhe sei
Não passe
Sem crer que amei
Mais do que podia me amar
Resgatar
As letras das minhas canções
Emudecidas
Embevecidas
E além das ilusões
Encontrar
Seus olhares
Nos lugares
Que menos se pode esperar.

Os lábios ficam tristes
Quando a boca da saudade existe
Quando lhe achei
Pensei que era para sempre...
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Crime passional nº 2

Quando a saudade
Pousar em seus ombros
Alonga os braços
Dobra o pescoço
Olha para longe
E ameaça voar
Que ela logo se esconde
Porque tem medo de altura
Dizem até que sente tontura
E tão logo cai na noite escura
E se vê sozinha,
Afoga no copo
Da sua própria loucura.


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Cristaleira

Éramos apenas dois
Agora não sei se somos alguém
Mas o que restou ainda nos faz um.

Éramos bons dias
Fomos boas juras
Somos medo e recordações.

Éramos mãos desatadas
Olhares dispersos
Rosas não dadas
Agora, somos chuva.

E seremos
Poças d´água
Refletindo
Os casais
Que um dia
Tentamos copiar.


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Cronologicamente absurdo

Estranho é querer-te perto
E quando perto
Sentir saudade
Mais tarde daqueles olhos
Que já iam longe
Dos olhos que se vira
Segundos atrás.


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Cruzas de olhar

Cruzo
Teus olhos cruzados
E me vejo encruzilhado
E intruso

Cruzo
E abuso de seus olhares
Pode parecer confuso
Mas lhe olho aos pares

Cruzo
Teus olhar luso
Sou índio, negro
Sou cafuzo

E cruza de olhar
Pode passar
O tempo que for
É como o amor
Não cai em desuso

Cruzo
Teu olhar
Incluso e excluso
Do teu lugar

Cruzo...
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Cupido colibri

Meiga demais
Linda, olhares
Ondas, mares
Lua do cais

Voz do deserto
Estátua amante
Mundo distante
Longe, tão perto

Boneca de porcelana
Frágil, indefesa
Folha de correnteza
Uma vida, uma semana

Mulher azaléia
Miragem do oásis
Vermelha, branca
Mentira franca
Doces frases
Livro ou novela
Personagem, imagem
Paisagem, bobagem

Lábios de açúcar
Boca dos veleiros...
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Curandeirismo

Se não houver cura
Haverá chuva
A chover
E esmorecer
A febre
Ao escorrer
No guarda-chuva
Que enlaça
Uma sombrinha
Pelas ruas
De poças e pinhas,
A chuva
E os pinheiros europeus
Estrangeiros como eu.

Guarda-chuva negro
Sombrinha branca
E a febre se entregando
Se entrevando
Na enxurrada
Nos bueiros de além mar
Doente
De destino e carne.

Se não houver cura...
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