Daniel Campos

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Encontrados 217 textos. Exibindo página 19 de 22.

Conselheiro

Não sei dar conselhos
Não sou um sábio que se esconde atrás de uma barba
Branca
Pregando ilusões
Em parábolas
Não sou as cartas de um baralho cigano
Tampouco tenho em mim alguma verdade
Dogmática,
Sou apenas alguém
Que traduz a vida de outro modo.
Estrada?
Passagem?
Destino?
Tudo isso é démodé
A vida deve ser materializada
Em uma mulher
Completamente instável
Que muda de comportamento
De forma inesperada...
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Constelações

As estrelas latejam suas dores
Sangram suas luzes
E nos aspergem
Como banho de água benta.

O sofrimento parece bonito
A léguas e léguas daqui
Mas estrelas são amores
Que não passaram de ilusões
E até hoje buscam perdões.

Quanto maior a luz, maior o amor
Maior o sofrimento,
E maior a beleza
Que se doa
A outros sonhadores
Que namoram estrelas
Sem saber ou se querer
Pecadores.


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Consulta

Se pergunta como estou, não estou.
Se estar é um estado, estou numa falta de estado.
Sem você, os dias vão e eu fico.
Os dias vão e eu amanheço, escureço e permaneço no mesmo lugar.
A paisagem passa por minha espera e eu não passo.
Nuvens de chuva, nuvens de poeira, nuvens de gafanhoto passam, passam por mim.
Pedras passam, rolam e algumas até tropeçam em minhas pernas.
Mas eu não vou... não sem você.
O meu passo espera o seu passo.
Árvores passam com cabelos verdes, pernas lisas e eu continuo. ...
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Conta outra

Diga que volta
Repita que não vá
Perjure que fará
O que desejar.
Se solta
Da mão
Que mendiga
E briga
Pela tua solidão.
Não se engane
Siga você
Odeie
Ou
Ame
Escolha
E por favor,
Não se arrependa.
Sou ou não sou
Não aceito
Talvez
Não se renda
Seja-se.


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Contas

Conta-me
O que há por trás da fantasia
Conta-me
Os bastidores
E todas as cores
Que te seguiram
Te seguiram
Te seguiram.

Conta-me
Como é se equilibrar
Entre tantas lendas
Conta-me
Como é se entregar
Não se dando
Conta-me que linha é essa
Que divide
O nosso palco.

Conta-me
As luzes
As flores
As coisas mais simples
Nunca contadas
Para ninguém
Conta-me...
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Contato

Se eu pedir
Pelo amor desse deus
Que tanto diz
E que não sei onde se esconde
Será que você vem
Me procurar
Ou será mais uma promessa
Que tem de esperar.

Se acredita nesse deus
Que não sei quem é
Porque não confessa
Todo amor que lhe dei
Se for para jejuar
Jejuei
Se for por sacrilégios
Sacrifiquei
Se for para amar
Amei
E agora, sem rezas, não sei.


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Conte comigo

Conte comigo, não importa se noite ou se amanhã
Conte comigo, se por besteira ou pura carência
Conte comigo, não precisa nem me dizer nada
Conte comigo, se estiver com ou sem razão
Conte comigo, esqueça pedidos de perdão
Conte comigo, independente do sacrifício
Conte comigo, como meio e como fim
Conte comigo, quando perto (longe)
Conte comigo, em risos ou lamentos
Conte comigo, se ama ou se odeia
Conte comigo, se isso ou aquilo
Conte comigo, não se acanhe...
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Continência

Se me disser para ir
Não sei para onde
Eu vou até me perder de vista

Se me disser para falar
Qualquer coisa
Eu me calo até lhe deixar surda

Se me disser para esquecer
As coisas de ontem e amanhã
Eu prometo pedir desculpas.


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Contra-indicação

No mais cedo de amanhã
Ainda em jejum
Ainda descalça
Ainda no sono parasita
Da tua insônia
Vá até a janela
E bem devagar
Deixa sua roupa cair
À altura do chão
E grita!

Com o corpo marcado
Pelo suor do último pesadelo
E com as linhas do destino
Ainda dormentes nas mãos
Grita!

Deixa sua língua solta
Deixa sua garganta rouca
Mas deixa passar por seus lábios
Mal-beijados...
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Contrações

O corpo se aquieta
Retrai contrai e volta a se retrair
Num desenho de parto
Mas não há criança
Não há ventre, não há útero,
Ao menos, no plano físico,
Mas há de se ir além da carne
Quando o sentimento está em jogo
E no corpo que se contrai
E retrai e volta a se contrair
O sentimento joga em linha de frente
Nas fichas das mãos de linhas avessas
Que ardem toda a ausência
De outras mãos
Que ao longo daquele corpo...
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