Daniel Campos

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Encontrados 142 textos. Exibindo página 12 de 15.

Esconde-esconde

Não sei se é aquário
Ou se é vitrine
Esse vidro
Que protege
E expõe
Esse sorriso
Que demora
Para escorrer
No seu rosto
E que parece
Posto de propósito
Para atrair
Um outro sorriso
Que não terá juízo
Se durar mais que o tempo
Que o seu sorriso
Demora a se esconder.


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Esconderijo

Onde está?
Para onde vai?
Por onde cai
E recai
Seu corpo
Meu patuá?

Some...
Pólen ao vento,
Semente da perda
Que em um alento
Se atreve
E dorme
No jardim
Aonde cultivo sentimentos
De vida breve...

Brota...
Na terra vazia
Abre-se em magia
E logo se decompõe
Em poesia,
E peca
Ao fugir do alcance
De um bem-te-vi
E seca
No meio de um romance...
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Escorpiões

O namoro
Entre os amados
Deve se dar
Como o amor
Quente
Dos escorpiões vermelhos
Neles,
Os olhos ficam sob a cabeça
Sem nenhuma visão periférica
O sexo não é visto
Apenas sentido
Em total intensidade
Como se uma venda cobrisse
Toda e qualquer visão
E os sentidos se aflorassem
Como nunca dantes ousaram.

Nesse jogo cego,
Os machos hão de seguir
Pistas químicas
Deixadas ...
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Esgrima

Lá detrás
Do nevoeiro
Onde
Se esconde
O anjo
Prisioneiro
Há os vestígios
E todos os litígios
Da espera
Que cobre o rompante
Do amante
Em ramas de hera.

Na masmorra
Condenado à sentença:
"Morra, de amor, morra",
O anjo
Cumpre no escuro
De um tempo duro
A penitência
Da paixão
Entre a bela e a fera
Que habitam uma só mulher
Na ilusão
Que ninguém mais soubera.


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Espanta-medo

Quando deita ao meu lado
Teu passo macio cala os fantasmas
Que até pouco tempo gritavam em mim
Palavras de horror

Ah! Eles me falam coisas horríveis
Que o menino que morava em mim
Molhou os lençóis
Agarrou nas minhas barras
E saiu correndo por aí

Mas agora que seu corpo
Deleita em meu corpo
Ele deve voltar
Aliás! Ele já começou a voltar
Está vendo o brilho nos meus olhos?
É ele quem está chegando...
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Espera

Caminha
Não, não caminhe
Deixe que eu vá
Que eu venha,
Que eu volte.

E se nessas idas e vindas
E se nessa guarda
E se mesmo assim
A tristeza sentar-se ao seu lado
Não se afobe
Diga a ela que eu venho,
Que eu volto logo

Espera
Não, não me espere
Deixe que eu vá
Que eu venho,
Que eu volte.


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Esperança perdida

A espada de um guerreiro veio ao chão,
A nua armadura não suportara a morte.
Aludia parvo perante às ruas:
Guerras pálidas, brado à rouquidão...
Não! Não há vida assim tão forte.
A própria mazela já o feria,
Fraco empunhava o escudo a lua,
Sorria à vida, doando-a morria.

Iludido bramia o seu coração
O fulgor nacional era canção
A esperança ufânico brasão
Ao perdido estendia a viril mão
O clamor trilhava ao farto pão ...
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Esperitude

Quando der
E se puder
Que venha logo
Pois eu a rogo
E a confesso
Que a espera
É uma fera
Que eu não peço
A ninguém
Que me convêm

E assim
Eu espero
O fim
Do lero-lero
De uma sabiá
Que se exaltou
E em sua loucura
A toda altura
Cantou
Seu desejo
De nunca mais
Me ter perto demais.

Eu espero
Como Nero
Esperou
O perdão de um império...
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Espinhadeiro

Hoje,
Ainda não sei
Nada
Sobre o seu paradeiro:
Se dormiu bem
Se sonhou com quem
Se ainda me vem...
Hoje,
Em mim
É só um berreiro
Porque eu não sei
Se o amor ainda anda
Inteiro.


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Esquartejada

Sob um lustre
Com empáfia de sol
A mulher amada
Estica-se em pontas.
Braços e pernas
Correm em sudoestes
E noroestes
Parecendo se separar
E formar
A rosa,
A rosa dos ventos.

Como se fosse torturada
Por carrascos medievais
Seu corpo quase se esquarteja
Sobre a cama de algodão
E não há música
E não há espectadores
E não há relógios
Nenhum intruso é permitido
Naquele monólogo da mulher amada...
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