Daniel Campos

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Encontrados 86 textos. Exibindo página 9 de 9.

Roupagem

Não
Tem o valor
De decepção.

Não
Tem a fantasia
E a dor
De uma traição.

Não
Tem o rancor
Que não se alivia.

Não
Tem gosto de não
Tem cheiro de não
Tem passos de não.

Não
É o sim
Que se sabe.

Não
É enfim
O que não se cabe
Discutir
Ou insistir.

Não
É o fim de estradas
Caladas
Desertas
E não certas.
...
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Rouxinol

Um rouxinol
Me procurou
Ao nascer da hora
E me avisou
Que o mau-tempo foi embora
E que o dia
Merecia
Uma nova chance.

O rouxinol
Sem pedir gorjetas
Voou
Para algum horóscopo
Atracado no ar
Enquanto escondi cartas
E emprestei minhas fichas
Para o dia
Tentar ser feliz
Mas foram jogadas de tolo.

O dia não ouviu conselhos
Amaldiçoou o rouxinol
E passou a vez
Não quis...
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Rua, antiga rua

Saudade daquela rua
Debruçada na janela,
Passava com o violão
Na rua daquela lua
Que espreitava bela
O sereno posto na canção.
Declarações de amor
Versos, rimas, poesias
Perdiam-se em seus cabelos
Nos caracóis dos dias
Em que prostrava
Meus joelhos e apostava
Nas promessas do amor
Do amor dos meus apelos.
Saudade do que acabou
Nada mais restou
Depois dos trancos na janela
Não desponta mais a bela...
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Rubro rubi

Os rubis
Cultivados em sua boca
Mudam de cor
Como quem muda a direção do vento
Deixando o sabor
De suas palavras
Com gosto de fruta madura.
Lábios de sorrisos
Imprecisos
Sem juízo
Tão ausentes
Presentes
Em qualquer poente.
Lábios encharcados
De esmeraldas
De ametistas
Que escorrem
Como passistas
Dos olhos seus.
Lágrimas de pérolas
Que atravessam pessoas
E pedem abrigo,
Olhos de instantes...
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Rugas de tristeza

Os versos não infiltram no papel
As mãos se esforçam desiludidas
Os olhos vagam ao turvo céu
Aspirando uma razão à vida
E a inspiração aparenta faltar
Depois de tanto se confidenciar.

Pareço não sentir mais a poesia
No sangue que deságua vazio
No leito que seca a cada dia
Talvez não seja mais o rio
Onde corriam sentimentos
Nos ventos dos lamentos.

A certeza de estar mais triste
A incerteza do amanhã
Assaltaram meu corpo no qual persiste...
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Runas

As runas
Se espalham
Pela cabeça
Da mulher bendita
E naquele tabuleiro
De sonhos
E pensamentos
O destino vai se embaralhando
E se desvirginando
Com todo erotismo
De um strip oriental.

A cada dia que cai
Como uma veste íntima
A mulher bendita
Entrega-se a novos amores
Novos fetiches
Novos dramas
Que nem são tão novos assim
Posto que a mulher bendita
Tem um futuro de cartas marcadas...
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