Daniel Campos

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Encontrados 86 textos. Exibindo página 8 de 9.

Rito

Toda vez
Que a primeira constelação
Surgir
Nos olhos escuros
Do céu
Saiba que este poeta
Nu em sentimento e coração
Vai cumprir
Seu rito
Mais bonito
Ao pedir
Tua mão
Em casamento
Aos deuses
Cegos
Pelas centelhas
Das estrelas
Que amam
Sob pena
De não vê-las.


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Ritual

A espera inconsciente
O toque do interfone
Os olhos no espelho
As chaves girando na porta
Uma outra respiração
Os degraus fugindo da escada
Uma explosão de sentidos
E...
A vida adiou o último verso...


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Romance

Quando lhe ouço
Escrevo os meus passos
E contrapassos
Feito um eletrocardiograma
Com picos de inspiração.

Mas nessas linhas que são ondas
Que pulsam até virar versos
E reversos
De um coração
Não sei se sou
Real ou ficção.

A história existe
O cenário existe
O drama existe
E até a ilusão
Existe e persiste
Mas eu não existo
Para além da imaginação.

Tudo isso porque
E só porque...
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Romântico bélico

O deus da guerra
Violentou a deusa do amor
E eu nasci assim
Romântico bélico
Do princípio ao fim.

Tenho cordas vocais
No coração
E palavras em ordem de batalha
Entre flores e pedras
Sou da espécie de homem
Que vai à cozinha
E prepara uma comidinha
E põe mesa na cama
E ainda leva uns bocados
À boca da mulher amada.

Sou tímido
Mas venço o medo
De oferecer
O que sinto...
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Rosa

Eis a tua rosa
Rosa
Que de rosa é vermelha
Um vermelho quase
Tinto
De saudade.

Rosa calendário
Rosa cartão postal
Rosa enamorada
Rosa dobrada
Rosa num solitário
De um falso cristal.

Rosa que de prosa
Silenciosamente
E cuidadosamente
E irremediavelmente
Suspira
E me inspira
Nessa espera
Espera primavera.

Rosa mi bemol
Rosa do raiar do sol
Rosa de mercúrio...
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Rosa azul

Por detrás dos cachos das cachoeiras
Por baixo das sete cores do arco-da-aliança
Por entre as folhas das árvores dos druidas
O jardineiro do tempo
Com barba de vento e olhos de chuva
Protege de anjos e demônios
Como um cavaleiro templário
A última rosa azul.
Ah! Refém daquele homem
Que é feito e refeito
Nas areias de uma ampulheta
Floresce a rosa
Por onde o azul
Caminha em labirinto
Por onde o azul
Roda em redemoinho...
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Rosa dos ventos

Ultrapassei as minhas fronteiras
Derrubei as minhas barreiras
Em leiras de um outro matiz
E fiz do teu corpo o meu país

A oeste, a magia
Que cheira à flor de liz

A noroeste, a fantasia
Que ainda não fiz

A sudoeste, o dia
Que se foi por um triz

Ultrapassei as minhas fronteiras
Derrubei as minhas barreiras
Em leiras de um outro matiz
E fiz do teu corpo o meu país

A leste, a heresia...
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Roteiro para um bom dia

Não chore a noite para evitar olheiras
Tome, antes de dormir, um chá de folhas de laranjeira
Ou seria capim cidreira?
Seja lá como for, feche os olhos imaginando
Que há
Um sabiá
A cantar baixinho em tua cabeceira
Encha teu travesseiro de ramas
De hortelã
E num sonho mais que profundo
Trama
Um novo amanhã
Para o mais velho dos teus mundos

Conte carneirinhos
E insira cada um como um desejo a mais...
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Rotina

Fim de tarde
O sol arde
Na promessa de um amanhã
Sem tanto alarde.

Paletó na cadeira
Um banho, pratos à mesa
E as lembranças terçãs
Sem eira nem beira.

Olhos na varanda
À procura de estrelas
No silêncio quieto da noite
De umbanda.

O horizonte de todo negro
Como se não houvesse mais nada
Além da imaginação
E de um borrão de estrada.

O gosto da noite na boca
Que ora é tão vazia...
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Roubo

Fui roubado, assaltado
Não me socorram não
Pois roubaram meu coração.

Não foi um crime qualquer
Mas foi encantador
O ato de amor da tal mulher.

Não prendam a culpada
E nem a chamem assim
A minha ladra amada.

Não a coloquem na prisão
Senão vão prender também
O meu réu confesso coração.


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