Daniel Campos

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Encontrados 207 textos. Exibindo página 18 de 21.

26/06/2014 - Doçura

Olhos de jujuba. Boca de beijinho. Corpo de cupcake. Braços caudalosos. Pés de moça. Alma em ponto de fio. Contornos bem-casados. Sonhos caprichados. Provocação trufada. Menina açucarada. Boas mordidas, bons bocados. Sexo confeitado. Textura de sorvete batido. Costas nevadas. Levíssima como macarons. Delírios granulados. Silhueta afrodisíaca. Superfícies deliciosamente aromatizadas. Intenções de camafeu. Pele decorada. Recheios elaborados. Silhueta de chocolataria. De raspar cada segundinho. De saborear de olhos abertos, fechados... Nada de travessuras ou gostosuras, mas de travessuras e gostosuras. De estalar na língua. De dar vontade. Deveras irresistível. Doce feito em fogo alto. Pernas de dar água na boca. Colo de algodão-doce. Cabelo de anjo. De comer na mesa, na cama, na rua. De dar desejo em quem jamais ficará grávido.


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28/03/2011 - Doído

Inútil fingir. Impossível mentir. Adeus. Não posso mais viver nos lábios teus traindo os sonhos meus. Estrela da manhã, pecado da maçã, sorte da romã, vou-me embora amanhã. Chora porque eu também hei de me prostrar. Grita porque eu também terei de me calar. Sangra porque eu também irei sangrando. Mas pro nosso amor continuar no mais alto esplendor o espinho terá de renunciar à flor.

Irei tão doído como lágrima de palhaço, como saudade em cordas de aço, como corpo sem abraço, mas irei. Irei porque é necessário, mas guarda minha foto em seu relicário pra caso de eu voltar, um dia, poder se lembrar do meu rosto. O gosto da sua poesia ficará na minha boca. E seu nome eu irei chamando até minha voz ficar rouca e se perder no silêncio da distância. Prometo que anos depois vou continuar buscando nossa infância.


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08/06/2015 - Dois anos amanhecendo

Hoje faço aniversário. São dois anos de vida nova no mais amplo e íntimo significado da palavra nova. Pode parecer pouco, mas foram dois anos de uma intensidade tamanha. Um tempo repleto de descobertas que vão além deste plano. Uma trajetória de fortalecimento e conhecimento interior. Dois anos de profundas mudanças. Sou outro. Mais feliz. Mais completo. Mais e mais realizado a cada dia. É com se eu tivesse passado por um novo amanhecer e amanhecesse mais e mais a cada dia. Há dois anos eu voltei para minha casa. Um reencontro transcendental. Ganhei novas mães e pais, mentores de luz. Minha existência foi preenchida, ganhou sentido e valor. Encontrei o meu lugar no mundo ou o mundo que há em mim encontrou seu lugar. Amanheci lua. Há dois anos me desenvolvo apreendendo e trabalhando na Lei do Auxílio. Descobri-me jaguar. Muito me foi revelado e ainda há tanto a ser buscado. A escalada evolutiva é constante, mas nesses dois anos meu eu foi aberto à compreensão. Tive a certeza de que não estou só e de que tenho muito a fazer. São tantos resgates a serem cumpridos, dívidas astrais a serem pagas, pensamentos e sentimento a serem elevados a partir da tolerância, da humildade e do amor incondicional. Tornei-me mestre sendo eterno aprendiz. Conquistei consagrações que me fazem ainda menor. Aqueles que me iluminam são grandiosos, eu sou apenas um instrumento de cura e caridade para o corpo, para a alma e para o espírito daqueles que me são confiados. Há dois anos passei a cultivar o meu sol interior e a compartilhá-lo com os que necessitam. Sou energia. Sou emanação. Saber que eu sou parte deste mundo extrafísico me emociona. Reencarnei para viver uma missão que vai muito além do que eu quero, sonho ou espero da vida. Como é gratificante saber que muitos, antes mesmo de eu acreditar em mim, investiram no que eu poderia me tornar. E eu me transformo a cada dia grato a todos aqueles que me impulsam à continuidade desse amanhecer pleno e dinâmico. Salve Deus! ...
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05/12/2016 - Dois braços

Quero dois braços para embalar o meu coração que volta e meia dá para ter suas criancices, necessitando, portanto, de colo. Meu core precisa ser ninado. Quero dois braços para acenar esfuziantemente quando eu chego, dizendo-me claramente por gestos, que sou bem-vindo. Quero dois braços para me dar adeus, desenhando a saudade no ar. Quero dois braços para me dar um empurrãozinho cada vez que precise de ânimo para seguir em frente. Quero dois braços para me amparar quando eu cair dos voos altos que costumo fazer. Quero dois braços para me acolher na noite escura e solitária, quando eu caminhar perdido de tudo e de todos. Quero dois braços como meu travesseiro, braços de confiança aos quais possa entregar meu sono e meu sonhos. Quero dois braços fortes para remar comigo nesse mar turbulento e perigoso que é a vida dos que amam demais. Quero dois braços com pegada que não me deixem escapar por qualquer coisa. Quero dois braços que saibam dar carinho, afeto e paixão sem cobrar nada além do amor que emana de todo o meu ser. Quero dois braços que se liguem aos meus e me façam completo, infinito, inteiro.


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Dois dedos de prosa

Fim de tarde. Fim de inverno. Fim de campanha eleitoral. Toca o telefone. Do outro lado, uma voz frágil e, ao mesmo tempo, forte:

- Daniel?!

- Sou eu...

- Não reconhece mais a voz do irmão do Henfil?

- Não acredito... Betinho! É você? Quanto tempo!

- Pois é, quanto tempo!

- Hummm deixe-me adivinhar. Você me ligou para dizer, em primeira mão, que graças a sua intervenção aí em cima, o todo-poderoso vai fazer um milagre e acabar com a fome....
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02/01/2016 - Dois em um

Vamos juntos, um pelo outro, outro pelo um. Caminhos cruzados. Amores potencializados. Encontro de ondas que vão se formando, se aumentando e se quebrando juntas. Cordas da mesma viola. Páginas de um livro escrito a quatro mãos. Linhas sobrepostas. Rios que se encontram e correm juntos. Flores que se misturam em polens, cores e perfumes. Nuvens que se esbarram e de dois desenhos fazem um só. Assim somos nós, um em dois, dois em um.


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Domingo de champanhe

Hoje é domingo, mas e daí? Ontem foi sábado e amanhã será segunda, depois virá a terça, a quarta... Domingo, nada mais do que um dia qualquer. Porém um pouco mais triste, mas nada que o afaste do comum. Triste? Comum? Ninguém (ou quase ninguém) trabalha, as camas são arrumadas mais tardes, dia de bares lotados, dia de clubes, praias, campos, dia de churrascos, espaguetes, feijoadas,..., dia de lembranças.

Bons tempos aqueles em que acordávamos no amanhecer dos domingos e tomávamos café em frente à televisão. Domingos de Interlagos, de Mônacos, de Silvertones... Tempos de hino nacional, de emoções, de torcida, de Galvão Bueno, de Ayrton, Ayrton, Ayrton Senna do Brasil!!! ...
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21/03/2010 - Domingo, por Liberato Barbosa

Em algum lugar deste domingo, seu Líbio deve se levantar um pouco mais tarde. Depois da semana toda madrugando para tirar leite, hoje aproveitou um pouco mais a cama. Bom para o corpo exausto da lida. Dos seus 77 anos de vida, setenta deles passou trabalhando na roça. Como é bom poder ficar na cama sem o risco de seu pai lhe jogar uma balde de leite no rosto como punição para seu atraso. Perdia hora por culpa dos bailes movidos a sanfonas e lampiões e das inúmeras voltas na Praça da Matriz flertando com as moças que, aquela época, giravam no sentido contrário aos moços. ...
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09/11/2014 - Domingos de Interlagos

Os domingos de Interlagos já foram muito mais domingos. Hoje, o que se vê é uma corrida robótica, onde carros falam mais que pilotos. No meu tempo de Interlagos, a corrida era decidida no braço. As ultrapassagens eram possíveis. O risco era permitido. E o arrojo valia a coroa de um rei. Sou do tempo de Ayrton Senna, das voltas mais rápidas tiradas do fundo da cartola mais mágica da Fórmula-1 no momento certo. Domingos em que o corpo, mesmo a distância, ganhava os respingos do banho de champanhe. Domingos de vibração, de emoção, de catarse. Domingos de fé. Fé na chuva. Fé no inacreditável, no inalcançável, no imponderável. Corridas para assistir de joelho. Domingos onde Interlagos era altar e Senna, deus.


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15/09/2016 - Domingos Montagner e o rio da vida

De repente, não ouço mais nada, somente o barulhar das águas do rio São Francisco. Um som que dói, lamenta, chora... São como lágrimas correndo pelo sertão que parece tomar conta de nós, com seus espinhos e durezas, nos momentos de perda.

As águas que levaram a vida Domingos Montagner são as mesmas que nos indicam que, querendo ou não, tudo tem o seu curso.
Por obra do destino, quem nos trouxe um rio de emoções ao longo de sua jornada se despediu num dos rios com mais histórias para contar - o São Francisco....
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