Daniel Campos

Ou exibir apenas títulos iniciados por:

A  B  C  D  E  F  G  H  I  J  K  L  M  N  O  P  Q  R  S  T  U  V  W  X  Y  Z  todos

Ordernar por: mais novos  

Encontrados 200 textos. Exibindo página 20 de 20.

08/03/2012 - Mulher, Mulheres

Parabéns à mulher-poesia versada pelos poetas e cantada pelos menestréis, à mulher-objeto vendida em reclames publicitários e à mulher-bandeira, que defende sua liberdade, seus direitos, sua felicidade. Parabéns à mulher-nuvem, que está sempre acima de tudo e de todos. Parabéns à mulher oceano navegada e saqueada por piratas, à mulher-de-ninar rodeada de sonhos e à mulher alfazema que chega trazendo uma primavera de cheiros e cores.

Parabéns à mulher-bem-te-vi que canta alardeando sua presença, à mulher-divina sempre onipresente, onisciente e onipotente e à mulher-quântica que nunca se mede. Parabéns à mulher-humana e à mulher-sobre-humana. Parabéns à mulher-papel que se dobra em tantas dobras e ainda forma um lindo origami. Parabéns à mulher-destino que nunca se destina. Parabéns à mulher-pirofágia que está sempre brincando com fogo sem jamais se queimar. ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

08/03/2010 - Mulher-canção

No confim dos teus olhos eu me deito a ponto de perder as horas em tua atemporalidade. Como é fácil negar e esquecer os problemas do mundo quando em teu colo. E o que dizer do campo de flores que há ao longo de tua boca? Ah! Mulher, como são belos os teus nomes, os teus mandamentos e os teus mundos. São todos mistérios profundos envolvendo suas chegadas e partidas. Mulher, a mais querida e emblemática das criaturas.

O teu corpo, mulher, é ancoradouro de sonhos e promessas, porto de sedução, golfo proibido. São rios e mais rios de magma correndo pelas tuas entranhas. Ah! Mulher de estribilhos, canção dos assírios, conta-me as tuas façanhas. Eu sei que sóis e lírios se curvam ao teu passar. E pássaros lhe seguem a cantarolar em assovios. E, à flor de teus pelos e apelos, passa causando arrepios. ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

13/10/2014 - Mulher-destino

A mulher amada deixou de ser uma simples viagem para virar um destino propriamente dito e vivido. Um destino escrito nos guias turísticos secretos. A mulher amada tende a ser o melhor passeio que você ainda não fez. É impossível você ver tudo numa visita só, portanto, decidir rumar à mulher amada é saber que se trata de uma viagem de muitas idas e voltas. E nada de pressa, o melhor é ir à mulher amada com tempo, muito tempo, diga-se de passagem. Quanto menor for seu conhecimento sobre os mistérios dessa mulher, maior será sua surpresa e encantamento. Portanto, prepara-se para quebrar e recriar expectativas. E quando você segue essa viagem sem objetivar um ponto como fim, percebe que o melhor está pelo caminho. E você sempre está disposto a se perder por esse caminho.


Comentar Seja o primeiro a comentar

12/09/2012 - Mulheres cansadas

Conceição se cansou de sua vida arroz com feijão. Maria se cansou de mendigar por fantasia. Valentina se cansou de paixões repentinas. Cecília se cansou de sentir numa ilha. Tereza se cansou da busca pela beleza. Raquel se cansou da disputa entre inferno e céu. Rosa se cansou da velha prosa. Carlota se cansou de escutar lorota. Mariana se cansou das promessas da cigana. Pietra se cansou da esperança falseta.Gaia se cansou da gandaia. Salomé se cansou de ser mulher de fé. Teodora se cansou de ir embora. Begônia se cansou da insônia. Margoth se cansou do amor. Violante se cansou de ser amante. ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

02/01/2011 - Mulheril

Foi de ilusão eu sei que meu destino desaguou no que sonhei. Tão logo previ, encontrei. Tão logo sorri, chorei. Tão logo morri, dancei. Dancei nos seus braços, tropeçando em meus passos. E o cansaço da noite escura foi me deitando em sua formosura. E entre fogos de artifício, pirilampos explodindo no céu, fiz do meu louco a sua loucura. Os carros batiam, os navios naufragavam, os aviões caiam com todo o magnetismo que houve entre meu corpo e seu corpo.

Suores e lágrimas de prazer e de torpor. Folclores de amor e de sofrer. Calor escorrendo pelas costas e frases de bendizer tecendo nos ouvidos. Foram gritos e bramidos. Sua pele se comunicando com a minha em fá sustenido. Namorada e namorado, esposa e marido, amantes. Mulher de papéis e rapéis. Mulher de cachoeiras e corredeiras. Mulher de ar e da falta de ar. Mulher de um vôo cego e da cruz que me prego. Mulher que desejo e medro num amor varonil. Mulher mulheril.


Comentar Seja o primeiro a comentar

16/12/2009 - Mundão

Olha esse mundão passando em verso e reverso pelo estradão do universo. Vai passando, girando, rodando, trombando, caminhando entre estrelas e astros do cinema mudo. Charles Chaplin e outros Carlitos vão passando em olhares e gestos horrorizados por essa surdez globalizada chamada Terra. Ninguém escuta ninguém. A temporada de audições foi fechada. E o amor que era cego, agora surdo e mudo, não ouve conselhos, tampouco dialoga com ninguém. Apenas passa pelo vácuo de sentimentos.

De que adianta chorar por esse mundão se não há ninguém para ouvir o que as lágrimas têm a dizer? Do que vale ser feliz se o grito e qualquer manifestação de euforia estão fora de moda? O sonho não tem voz, o sonhador não tem coro para impulsioná-lo. Um silêncio autoritário infesta as ruas, toma os corações e amordaça as revoluções. Não adianta falar de amor se não se ouve o amor. Não adianta fazer amor se o amor está sendo desfeito por esse mundão....
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

29/02/2008 - Mundo mutante

Na Finlândia e nos Estados Unidos, cientistas anunciaram ter descoberto um gene vegetal cuja manipulação pode, no futuro, produzir plantações resistentes à seca. Pode parecer um tempo longínquo, mas, no ritmo que anda a ciência, o futuro é logo ali. Primeiramente as plantas não irão mais morrer de sede, depois vão remexer o mapa genético da vida e descobrir algo que faça os ratos não morrerem mais de fome.

Já estou até vendo político anunciando que vai vacinar a população brasileira com esse gene, acabando assim de uma vez com a fome. "Respeitável público, se eu for eleito prometo que ninguém mais vai passar fome". Ops, já ouvi essa frase!!! Mas se não há solução política, quem sabe a ciência resolva isso. Além de plantas, poderá haver seres humanos geneticamente modificados para resistirem às adversidades da vida. ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

30/11/2011 - Mundo peçonha

Sem conseguir vislumbrar o horizonte, sigo de arrasto como serpente por esse chão áspero e pedregoso. Serpenteio movido não por sangue, mas por veneno. Veneno alheio. Minhas presas estão sempre preparadas para o pior. Provoco gritos, alvoroço, pavor. Não tenho piedade ou compaixão. Afinal, forjaram-me assim. Não sou víbora porque quero, mas porque preciso. Não tenho saída. É a maneira que encontrei para continuar vivo, ou melhor, sobrevivo. Porque cobras não vivem, sobrevivem.

Serpentes não desfilam, seguem camufladas, escondidas, sorrateiras. Sigo me arrastando por ali e por aqui como sinal de castigo. Sou culpado por um pecado que não é meu. Porém, pertenço a uma raça condenada ao sofrimento. E é preciso ter cuidado com todos, sem distinção, quase não há diferença entre uma cobra coral falsa e a verdadeira. Não tenho pernas, ao menos não pernas visíveis aos olhos cotidianos. Aliás, meus sentimentos, meus desejos, meus quereres também são invisíveis... ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

19/01/2016 - Música de chuva

Em dias assim, chuvosos, nada é melhor do que acordar com Tom Jobim salteando pelas brancas e pelas pretas em arranjos de puro frescor. E, sem mais, tomar café com Vinícius de Moraes sentindo cada célula se apaixonar ainda mais como se isso fosse possível. Ver Bethânia surgindo radiante como um raio de Iansã e ouvir Alcione bradando por entre as nuvens tal um trovão que arrepia até a alma.


Comentários (1)

28/11/2010 - Mutações amorosas

Desde que eu encontrei você, desencontrei-me. Fui me perdendo, mudando de endereço, me transformando. Fui adquirindo elementos que não são meus. Ou que eu pensei que não fossem. Tornei-me uma espécie de mosaico de sonhos e olhares alheios. Dentre os retalhos da colcha da minha alma, difícil encontrar alguma estampa original. Tudo foi alterado, trocado, revirado, retocado. Eu me tornei uma coisa que não conheço no melhor sentido da expressão. Uma coisa que vaga pelas ruas, pelas tabernas, pelas luas, pelas pernas do destino na inocência de um menino. ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

Primeira   Anterior   16  17  18  19  20