Daniel Campos

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Encontrados 200 textos. Exibindo página 4 de 20.

02/08/2011 - Mais sobre a saudade

Há saudade por toda parte. As fábricas de saudade estão funcionando a plenos pulmões. Produção em massa. No entanto, a saudade artesanal ainda é um artigo bastante cobiçado. Saudade de gente famosa e anônima. Saudade pública e coletiva. Saudade individual e oculta. Saudade inédita e centenária. Saudade sacra e promíscua. Saudade supérflua e necessária. Saudade confidencial e exposta como uma fratura.

Saudade, saudade, saudade. A todo o momento, em qualquer parte. Saudade como bem de consumo, como droga, como arte. Saudade em seres presentes e ausentes. Saudade amarga e, ao mesmo tempo, tão doce. Saudade franca, amorosa e desinteressada. Saudade dissimulada, odiosa e egoísta. Saudade rústica e pomposa. Saudade acidental ou objeto do próprio destino. ...
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24/07/2013 - Mais sobre o amor

É inútil dizer - não ame, pois na condição de humanos somos criaturas predispostas ao amor desde o nosso parto. Por mais perdido, proibido e bandido que seja algum amor, se ele existe, devemos vivê-lo até a última gota com a intensidade que ele merece. Não há amor certo ou amor errado, assim como não há amor de santo e amor de pecado, amor é amor e ponto final, independentemente se ele nasceu no santo altar ou no carnaval.

É inútil tentar controlar, domar, podar, enterrar, castrar ou abortar um amor. O amor não avisa quando chega e nem quando vai embora. O amor não tem dono, não segue leis, não tem bula ou direção. O amor gargalha e chora quando bem quer. O amor é um fenômeno totalmente inexplicável, nascido para ser vivido e nada mais. Portanto, não perca tempo filosofando quando se pode (se deve) estar simplesmente amando. ...
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26/08/2010 - Mais uma declaração de amor

Eu amo e ponto final. Amo em noites frias e chuvosas. Amo em dias abertos de sol e em dias fechados para balanço. Amo sob um vendaval. Amo no olho do furacão, para além do olho de pandora, mergulhado no olho grego. Amo aos pés da cama, na imensidão do telhado, no jardim das flores que chamam seu nome no escuro. Amo na Champs-Élysées, na Avenida Atlântica, na Las Ramblas, na Oxford Street, na 5ª Avenida e numa estradinha de terra. Amo com doses caipiras e cosmopolitas, de forma litorânea e interior. Amo entregue e ao dispor da criatura que amo. ...
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Mais uma do mogicano

Cabrum! Últimas previsões do mogicano. Urgente, urgentíssimo! Mojimirim em perigo! Alô Greenpeace! Poluição em cima de poluição. Mas estamos em boas mãos, o prefeito é médico sanitarista e o vice é do partido verde. Sai de baixo! Se a administração política conseguisse fazer tudo o que fala, seria conhecida como a administração do impacto ambiental. Sorte que ela não consegue. Deus existe e dá plantão em Mojimirim. ELE tem que trabalhar dobrado para que uma parte do povo não caia na conversa fiada de certos políticos. Olho vivo e faro fino, povo mogicano....
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20/01/2017 - Mais uma dose de amor

Shiuuuuuu
Amo em silêncio
E penso
Que ninguém
Viu ou ouviu
Alguém
Amar assim
Um dia
Pleno
De poesia

Em overdose
Amor é veneno?

Desce mais uma dose
Porque o amor
Ainda é pequeno.


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20/12/2014 - Mais, melhor, além...

Eu queria fazer mais, mas todo o mais que faço é menos para você. Eu queria fazer melhor, mas você toda hora me acha pior do que qualquer um. Eu queria fazer diferente, mas você não olha para frente e me vê. Eu queria fazer muito, mas muito mais que muito, mas para você o meu tudo ainda é pouco. Eu queria fazer valer, mas você acha que eu não valho nada. Eu queria ir além, mas você me acha aquém. Eu queria superar todos os limites, mas você insiste em não avançar comigo. Eu queria dizer sim mas você só sabe fazer não.


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19/07/2011 - Majestade sertaneja

Mais do um só rei, no singular, Sérgio Reis. O cantor, que toca suas canções com voz suave, transfigura-se como o divino espírito do sertão. Sérgio é grande em corpo e alma. Dá pra imaginar o tamanho do coração estradeiro que traz guardado dentro do peito. O coração de um menino, menino da porteira. O cantor-boiadeiro que é afinado até ao tocar berrante e que não se separa do chapéu é feito de estradas, poeira, ventos, boiadas, chuva, sementes, cancelas, violas...

Canta fácil. Seu cantar é como animal cavalgando solto pelo pasto, como curió riscando céu, como água correndo rio abaixo. Sérgio, mesmo exibindo vastas e profundas raízes, é a personificação da natureza em movimento. É a essência mais pura do sentimento caipira. É a viola e a sanfona nos convidando ao arrasta-pé. Ao ouvi-lo surge uma vontade de botar o pé na terra, de pegar fruta no pé, de deitar à sombra de uma árvore, de pegar o trem do pantanal......
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08/08/2014 - Mal acostumado

Você me mimou. Você me mal acostumou a querer você a toda hora e numa exclusividade tal. Você me ensinou que amar é tratar bem. Você me mostrou como é ser bem amado, bem cuidado, bem apaixonado. Você me cortejou de forma tão natural. Você me viciou num amor que está acima do bem e do mal. Você me flertou permitindo meus flertes. Você me achou para não mais perder. Você se importou com os pormenores que para nós sempre foram por demais maiores. Você me alucinou no melhor dos sentidos. Você me golpeou certeiramente no cerne do meu juízo. Você me doou seu tempo. Você me garimpou. Você me dominou sem nunca me prender. Você me sustentou para além da minha fantasia. Você me tomou como nunca ninguém dantes havia ousado. Você se alastrou em mim de um segundo pro outro. Você me calou num beijo de contos de fada ainda não escrito. Você me inspirou a viver o que há de mais bonito. Você me iluminou de um jeito que agora que tudo se apagou não sei como continuar...


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09/06/2015 - Malandragem

Malandro é o sol que não toma chuva para não entrar em curto. Malandra é a formiga que anda em fila para não causar intriga. Malandra é a cigarra que abandona a casca do passado para ir leve ao futuro. Malandra é a árvore que se desapega de folhas, frutos, sementes, flores, galhas e continua árvore. Malandro é o rio que corre sempre para frente. Malandra é a morte que não se revela para continuar surpreendente. Malandro é o beija-flor que dorme em pleno voo. Malandra é a abelha que se lambuza de mel. Malandra é a estrela que continua existindo como luz por muito tempo mesmo depois de seu fim. Malandra é a ostra que se fecha para o mundo em busca de sua pérola interior. Malandro é o pardal que anda aos pulos. Malandro é o astronauta que vive com a cabeça em Marte, em Saturno, na lua... Malandro é o vento que sopra sem cumprir itinerário. Malandro é o João-de-Barro que não mora de aluguel, tampouco financia sua casa própria. Malandra é a vida que no seu espetáculo diário guarda em sigilo absoluto as próximas cenas.


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22/09/2015 - Malandro

Malandro quando desce o morro já sabe que vão pedir socorro e lhe acusar. Malandro que é malandro guarda o coração dentro de um escafandro. Malandro vai pro asfalto como pato vai pra terra sem saber andar. Malandro chega no samba e já quer se enamorar pela passista que por ele começa seu passo a enfeitar. Malandro que é malandro sabe tudo quanto é meandro. Malandro toma cuidado para não se apaixonar, mas quando se apaixona é malandro para não deixar a paixão se acabar. Malandro tem corpo fechado, não acredita em pecado e sabe se cuidar. Malandro que é malandro não tem mando, deixa levar.


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