Daniel Campos

Prosas

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20/12/2009 - O que nós vivemos...

O que nós vivemos ninguém rouba. O que nós vivemos ninguém esconde. O que nós vivemos ninguém apaga. O que nós vivemos ninguém corrompe. O que nós vivemos ninguém se atreve. O que nós vivemos ninguém duvida. O que nós vivemos ninguém alcança. O que nós vivemos ninguém questiona. O que nós vivemos ninguém faculta. O que nós vivemos ninguém deixa de lado. O que nós vivemos ninguém desmerece.

O que nós vivemos ninguém estraga. O que nós vivemos ninguém domina. O que nós vivemos ninguém estranha. O que nós vivemos ninguém abocanha. O que nós vivemos ninguém silencia. O que nos vivemos ninguém promete. O que nós vivemos ninguém perde. O que nós vivemos ninguém esquece. O que nós vivemos ninguém fantasia. O que nós vivemos ninguém compra. O que nós vivemos ninguém dá conta. O que nós vivemos ninguém diz. ...
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21/08/2014 - O que o futuro nos reserva

Um dia, daqui a poucos anos, haverá lugar para um arrependimento daqueles que tomam de conta de tudo, sem deixar espaço para nada senão ao verbo arrepender. E, de repente, sem resistir mais se invadirá de uma vontade avassaladora de refazer caminhos e voltar no tempo e no espaço. Pedidos de desculpa, de perdão, de recomeço tomarão conta do tablado da vida de duas pessoas que se distanciaram por vontade de uma. Tudo pode parecer ridículo e absurdo agora, mas o tempo vai passar e se encarregar de cumprir seus feitos dando encaminhamento a uma mudança de pensamento trazida por um sentimento que não pode ser banido a pedido da razão. Pode lutar o quanto for contra esse dia, mas ele chegará. E nessa chegada a verdade será restabelecida. Resta saber se nesse dia tudo se encaixará não passando de uma “barriga do destino”, que voltará a unir o que jamais se separou, ou se será um desses choros sobre o leite derramado, neste caso, sobre o leite que fizera derramar de olhos que antes da sentença de tarde demais amaram para além do próprio tempo.


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16/05/2013 - O que os deuses querem de mim?

O que os deuses querem de mim? Até quando vão me colocar em prova? Quanto mais de peso vão colocar sobre meus ombros? Será que eles ainda acreditam em mim? Será que eles continuam a me ouvir? Será que pelo menos eles se recordam do meu nome?

O que os deuses querem de mim? Por que insistem em me fazer seguir essa estrada que não me leva a lugar algum? Será que os deuses brincam comigo? Será que os deuses riem de mim? Será que os deuses dão de ombros pras minhas orações?

O que os deuses querem de mim? Joelhos ao chão? Velas acesas? Confissões? Flores? Obediência? Fanatismo? Silêncio? Cigarros? Cachaça? Festejos? Fogos de artifício? Romarias? Elogios? Cânticos? Aplausos? Rezas? Sacrifícios? Danças? Homenagens? ...
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04/01/2016 - O que se move

Sou doido por tudo aquilo que se move, que se balança, que se vai adiante. Fascina-me a coreografia das folhas, das nuvens, dos grãos de poeira bailando ao vento. Os olhos enchem d’água vendo o tempo de chuva se levantando no barradão do dia. O bater das asas, seja de pássaros, insetos ou homens tentando voar, encanta-me. O tremer das cordas do violão, o trem saindo da estação, os raios da bicicleta girando, o piscar dos olhos, o abrir e o fechar dos lábios num beijo... Essa movimentaria me move. Os passos da bailarina, da escafandrista, da passista, da colombina, da florista, da flautista marcam-me a fogo e a brisa. O movimento das marés me faz passar horas pensando na engenharia divina e o que dizer do mundo que gira e roda sem parar sem nos enjoar?


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10/11/2013 - O que sou

Que eu possa ajudar quem necessita. Quem está perto e quem vem de longe. Ajudar sem vaidade ou cobrança. Não posso ser nada além de alguém querendo ajudar. Quero trabalhar para aliviar corações, indicar caminhos, curar a dor que médico algum desta terra consegue tratar. Hei de estar sempre pronto para auxiliar sem impor condições ou fazer (pre)julgamentos. Não tenho o direito de querer mais nada, apenas o de trabalhar com amor, humildade e tolerância pelo tempo que me foi dado.

Que eu não me afaste do caminho que fui escolhido para seguir. Que revoltas e descrenças não me impressionem. No meio de muitos que querem ser grandes, hei de ser pequeno. Hei de ser por todos os dias um aprendiz. Que ao buscar a luz eu também possa iluminar. Que ao beber do amor eu também possa alimentar. Que ao trabalhar pelo próximo eu também possa ser trabalhado para ser alguém melhor. ...
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18/06/2016 - O que vai ser já é

Há trovões ensurdecendo meus ouvidos, um mais estrondoso que o outro. Há raios por toda parte, alguns me ferem os olhos e outros o meu pior medo. Ventos assoviam querendo levar tudo o que encontram pela frente – e eu vou segurando os meus pedaços. Às vezes a dor das pedras, do granizo que desabada quando menos se espera, beira o insuportável. O tempo fechado assusta como se não tivesse fim. Falando em fim, o cenário é de fim do mundo. Sonhos, esperanças, desejos correndo de um lado para o outro dentro de mim tentando fugir do pior, se proteger, sobreviver. O tom é de ameaça, de devastação, de destruição. Vento, ventania, tornado, furação, tsunami, terremoto. Seja o que for vem tudo de uma vez e com muita intensidade. Porém, a verdade é que toda tempestade, por pior que seja, passa. E eu sigo o coração, mesmo quando ele me manda ficar no meio do temporal. Se meu coração diz que o tempo vai abrir e que tudo se encaixará como peças de um quebra-cabeça eu não arredo pé. O que vai ser já é.


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O racismo precisa de uma resposta

Antes de velejar texto adentro, queria pedir benção para aquela que é uma das melhores personificações de justiça, para aquela que é guerreira dentro e fora dos tribunais, para aquela que acredita sonha batalha por uma causa maior: o humano. Falo da doutora Luislinda Dias Valois Santos, que motivou a construção destas linhas. A benção, Luislinda de Todos os Santos e muito axé a todos os negros e negras, de pele ou de coração, como este poeta aqui, que sonham por um Brasil mais justo, mais igual e, sobretudo, mais poético. Pena que esse país não seja a mesma aspiração dos donos da ordem e do progresso....
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04/03/2011 - O reinado do momo

Alô, alô rei momo, o que sua alteza vai fazer com a alta da inflação? No seu reinado tem criança chorando de inanição! Que tal baixar um decreto baixando os juros? Aproveite para acabar com o horário de verão. Vamos tapar os buracos da avenida principal porque lá vem mais um bloco de carnaval.

Rei, rei, rei momo, a oposição está querendo melar a festa. Mande o arlequim colocar um fim em tanto escândalo e corrupção. E a chuva não para não. Ta chovendo serpentina e confete no povo que perdeu a casa, a família, a identidade. Rei momo, ò rei momo, sai do trono, pisa na lama que seu país ta em chama. ...
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10/02/2011 - O reino de Anúbis

O clima de revolta e guerra instalado no Egito só pode significar uma coisa: Anúbis, o deus dos mortos e do submundo, prepara sua volta em grande estilo. Deve estar usando Seth, seu pai e deus da desordem e da violência, para resgatar o trono que um dia lhe pertenceu. Portanto, não estranhe se múmias levantarem das tumbas e frustrarem tanto os projetos dos capitalistas quanto os dos muçulmanos para a região.

Os chacais de Anúbis estão soltos. Homens estão sendo usados pelo guia dos mortos para levar o Egito aos seus tempos áureos, do grande Nilo. Sacerdotes estão reunidos nos antigos templos alimentando o espírito de guerra. Faraós se armam e marcham inspirados pela beleza de Cleópatra. Rá, o principal deus da religião egípcia, está preso nos confins de alguma das pirâmides remanescentes. ...
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06/10/2008 - O resultado da eleição

Pelas ruas, fotos e números de candidatos. O que era propaganda transformou-se, definitivamente, em lixo. E os garis, com seus uniformes fluorescentes, cor de tangerina madura, arrastam suas vassouras secas por entre promessas. Eu prometo mais emprego, mais saúde, mais segurança, mais... E essa promessitude vai alimentando os carrinhos de lixo, que se fartam daqueles desejos em decomposição. Assim como os panfletos, a faixa colorida pendurada no meio da praça, o muro pintado com a marca da campanha, os adesivos que grudaram na roupa, no carro, nos postes não fazem mais sentido. Hoje, segunda-feira, o futuro virou passado. ...
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