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Encontrados 3193 textos. Exibindo página 274 de 320.
31/03/2011 -
Sementes de Zé Alencar
Zé Alencar morreu como morrem os guerreiros – nas trincheiras da guerra. Morreu fiel a sua luta, temente ao seu Deus, honrado em sua missão. Quem fica, chora. Quem vai embora, parte aliviado sabendo que deixou pra trás um grande legado. Zé Alencar, sinônimo de labuta, de ética, de emoção bruta, ganhou anos, comemorou dias, celebrou a vida, avançou o quanto conquistou. Não abaixou a cabeça, não vestiu uma mortalha, não se entregou nem desafinou uma nota sequer do seu canto de batalha.
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01/03/2012 -
Sempre a mulher amada
A mulher amada tem olhos coloridos e levemente borbulhantes. Não é à toa que chora lágrimas de champanhe. Tem cabelos desavergonhados e um balançado no modo de pensar, agir e andar. Exibe um corpo de conteúdo literário, com traços filosóficos e relevos poéticos. A mulher amada é a ascensão do trabalho das bordadeiras artesanais, que bordam com doçura, firmeza e simplicidade cada palavra que deixa sua boca. A mulher amada não possui uma fórmula ou composição embora seja objeto de formulações e composições. ...
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27/04/2014 -
Sempre amo
Amo você maquiada ou de cara lavada. Amo você de sapatilha ou de salto alto. Amo você de olhos abertos ou com o sono por perto. Amo você de cabelo jogado ou de penteado. Amo você produzida ou despida. Amo você falando que ama ou no silêncio da cama. Amo você de unhas coloridas de esmalte ou na cor que lhe falte. Amo você de bom humor ou instaurando o terror. Amo você quando me abraça ou quando simplesmente passa. Amo você quando volta ou quando não vai porque não me solta. Amo você com tudo o que é seu ou como tudo o que é meu. Amo você com falsos brilhantes ou diamantes. Amo você amanhecendo ou anoitecendo. Amo você de corpo inteiro ou só num cheiro. Amo você de batom ou tom natural labial sobre tom. Amo você fazendo graça ou criando pirraça. Amo você vestida para sair ou para dormir. Amo você falando de amor ou seja lá do que for. Amo você querendo ou fazendo. Amo você em cima ou acima. Amo você de pernas cruzadas ou afastadas. Amo você quente ou ardente. Amo você ao vento ou dentro. Amo você envergonhada ou despudorada. Amo você me gritando ou me calando. Amo você nude ou vermelho rude.

27/12/2013 -
Sempre contigo
Se deixar de ler o que eu escrevo, não se preocupe, eu sempre estarei contigo. Se não acreditar mais nas minhas palavras, não se desculpe, eu sempre estarei contigo. Se eu partir do mundo dos homens, procure-me pelo dos anjos, eu sempre estarei contigo. Se a poesia se apagar, brilhe mais do que tudo, eu sempre estarei contigo. Se minhas linhas partirem, continue por mim, eu sempre estarei contigo. Se meus versos passarem por reversos, coloque beleza em tudo isso, eu sempre estarei contigo. Se o final não for feliz, faça uso da minha licença poética, eu sempre estarei contigo. Se o “era uma vez” acabar, procure em seus guardados, eu sempre estarei contigo. Se o ponto for final, grite por uma vírgula, eu sempre estarei contigo. Se tudo se perder, tenha a certeza de que o amor valeu, eu sempre estarei contigo. Se o reino distante for mais distante do que pensou, sonhe, eu sempre estarei contigo.

14/09/2012 -
Sempre há
Sempre há um sim em algum lugar do não. Sempre há um coração batendo verde no meio da seca. Sempre há um perfume de nuvem na imensidão do céu azul. Sempre há contornos de esperança num futuro ainda sem forma. Sempre há um pouco de medo mesmo nos olhos do leão. Sempre há uma brecha na mais dura realidade. Sempre há uma chance de sorriso mesmo nas temporadas mais difíceis.
Sempre há um pássaro para dizer que é possível voar. Sempre há um canto para abafar a solidão. Sempre há um cuidado a mais para ser tomado. Sempre há uma palavra que se encaixa perfeitamente nos momentos de silêncio. Sempre há um mistério de lua na mulher, por mais pública que ela seja. Sempre há um sonho em germinação, até mesmo nos corpos mais céticos. ...
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30/07/2014 -
Sempre suas mãos
Sempre suas mãos tiveram (concederam) um significado vasto e profundo ao meu mundo. Seja na geometria de tão belos desenhos, de unhas bem feitas e pintadas ao meu gosto, seja porque elas se encaixam perfeitamente nas minhas. Mãos macias, quentes, suaves, delicadas, leves... Mãos encantadas. Mãos claramente coradas. Mãos adocicadas. Ai, suas mãos, foi o que primeiro vi de você. Meu primeiro contato com você veio de suas mãos. Apaixonei-me perdidamente à primeira vista pelas suas mãos e, a partir delas, por você. E depois ainda me fartei nas linhas de suas mãos decifrando seus segredos, sua personalidade e seu amanhã. Fui sua cartomante de olhar apaixonante. Como foi bom andar de mãos dadas ou falar olhos nos olhos com você de mãos entrelaçadas. Como foi inacreditável tocar meus lábios aos seus tendo minhas mãos emboladas nas suas. Nossas mãos fizeram amor desde o primeiro contato. As disparidades e semelhanças entre sexo e amor podiam ser nitidamente explicadas pelo encontro das nossas mãos. Quanta energia, quanta sinergia, quanta magia pude sentir diretamente das suas mãos. Suas mãos tateando meu rosto num amor cego. Não dá pra esquecer suas mãos me escrevendo “Eu Te Amo” numa página de caderno ou apertando minhas costas num desses abraços eternos. Mãos dadas subindo escadas como quem sobe aos céus. Seja caminhando, deitados ou voando, nossas mãos sempre se alinharam perfeitamente. Mãos inocentes cheias de intenções. Mãos que vibram. Mãos que cantam. Mãos que bailam. Mãos de anéis de borboletas, de pérolas, de infinito, de diamante... Mãos que recebem versos e ouro no meio de uma serenata. Mãos cobertas de pétalas coloridas de orquídeas. Mãos que deslizam sobre finos fios de ganhar as ruas ou a cama. Mãos que conduzem esmaltes e batons feitos sob medida para compor com a sua beleza. Mãos que encontram e formam palavras de amor por entre as teclas do celular ou do computador mais próximo. Mãos que sabem onde me achar (me tocar) como ninguém. Mãos românticas que sabem flertar, provocar e ousar. Mãos de tanto e constante gostar, admirar, apaixonar. Mãos que não sei (e nem quero) parar de amar. Mãos embotadas de prazer. Mãos inquietas. Mãos que cravam unhas como aves cravam garras para carregar ao seu ninho. Mãos latentes. Mãos urgentes. Mãos ardentes. Mãos de artista, de menina, de boneca. Mãos que se lambuzam de brigadeiro de colher e de outros tipos de doce. Mãos de fada, de anja, de deusa, de criatura mitológica, de mulher amada. Mãos que planam ao meu redor como uma saudade viva. Mãos que manuseiam talheres finos. Mãos de violino. Mãos que abrem o teto do céu para conversar com as estrelas. Mãos que puxam quem ama pra perto, e mais perto, e ainda mais que perto de si. Mãos que brindam com champanhe. Mãos que jogam beijo, que agarram, que formam corações, que desenham, que não dão adeus. Que não dão adeus... Mãos perfumadas. Mãos idolatradas. Mãos estreladas. Mãos enamoradas. Mãos que já enxugaram meu choro e já contornaram meu sorriso. Mãos afrodisíacas. Mãos que conversam sozinhas. Mãos que têm uma linguagem própria. Mãos que eu compreendo tão bem. Mãos com as quais eu meu dou tão bem. Mãos que eu quero tão bem nas minhas também. Mãos que deixaram digitais pelo meu avesso. Mãos que beijo em sinal do amor maior que já senti, que já vivi, que já escrevi. Mãos que beijo chamando-as de minha num abuso (direito) particular. Mãos que beijo me consagrando cavaleiro de uma dama só para toda vida. Mãos que levam o brilho de um sentimento que é sem dúvida alguma pra sempre.

23/07/2014 -
Sempre, eis o que somos
Sempre que se sentir sozinha ou triste seja lá por que motivo for, espalma suas mãos, fecha os olhos, e sentirá que sempre estou com você. Minhas mãos seguirão por toda a vida junto das suas, mesmo que oculto aos olhos de todos, inclusive, em muitos momentos, dos seus. Quando não tiver ninguém para escutar seus sonhos ou suas dores, fale baixinho que eu vou estar ali pronto para lhe ouvir e aconselhar. Serei parte do que chamam de instinto ou intuição. E toda vez que precisar de um abraço, de uma palavra mais que escrita ou de um olhar capaz de acender a chama da sua paixão por algo, você sabe onde e quando me encontrar. Pois sou como a lua, mudo de fase e de lugar, mas estou sempre em algum lugar do infinito. Sendo assim, caminhe com a certeza de que só irá cair ou falir ou ruir se quiser. Você é mulher amada e isso não é pouca coisa para quem compreende o reino poético. Viva sabendo que tem um homem, um anjo, um poeta que faz de um tudo para lhe ver bem. O amor que essa criatura nutre por você é capaz de se transformar, de se transmutar, de se transfigurar somente para seguir por todos os dias, por todas as noites, por todos os eclipses junto a você, mesmo que em silêncio e invisível aos ouvidos e olhos humanos.

30/10/2015 -
Sendo assim
Eu sou aquele que acredita no amor despido de qualquer interesse, no amor maior, no amor que cura, transforma, edifica. E assim amo intensa e verdadeiramente. Tenho começo, mas não tenho fim. Sou feito de mato, de água de mina, de caminhos de terra batida. Preciso de chuva para brotar, florar, madurar. Falo sozinho. Ando com a cabeça nas estrelas. Escuto sempre o que o vento tem para dizer; E quando ele não vem eu o chamo com assovios que não sei. Protejo as árvores como se defendesse a minha família. Não sou de voltar por onde já deixei rastros, mas meu orgulho não me impede de nada. Sou da lua. Sou cíclico e continuo. Cavalgo em pensamentos que me levam pra longe. Tenho raízes, mas também tenho folhas que vão pelo mundo independentemente se carregadas por uma ventania ou ligeiramente enroscadas nos cabelos da mulher que passa. Sou crônica, conto, verso, poema, prosa, romance. Sou texto, pretexto e contexto. Tenho um coração-lamparina que clareia, alumia, relampeia e até incendia. No passado, já fui pássaro. No futuro, já fui homem. Hoje sou menino e escondo minhas asas. Sou branco, preto, mulato, caboclo. Tenho índios e pretos velhos dentro e fora de mim, que me guiam por aqui e ali e ainda a acolá. Estou entre o céu e a terra. Sou medianeiro. Sou jaguar. Amor incondicional, humildade e tolerância são minhas bandeiras. Caminho deixando marcas. Caminho tentando consertar o ontem. Guardo em mim várias vidas, mas tenho a consciência de que esta pode ser a última. Aproveito, portanto, de tudo, com tudo, no tudo. Por mais que a estrada seja longa, tortuosa, íngreme eu sei que atalhos não me são mais permitidos. Não tenho vergonha de chorar. Não nego o que sou. Não fujo do que eu quero. Lanço-me ao mundo como um punhado de semente. Sou dado ao profundo, mas é no raso que labuto e aprendo. Eu não me vendo por nada. Não sou santo, mas uma tentativa constante de ser aqui e agora o que não dei conta de ser lá atrás. Tenho em mim uma centelha de deus, mas sou humano. Busco a todo instante perdoar e me perdoar. Só não perdoo uma colher bem farta de doce de abóbora ou de um pé pretinho de jabuticaba. Não tenho medo de fantasma, de assombração, somente do que eu podia ter feito e não fiz. Sou melódico, sentimental, passional, pródigo quando o assunto é paixão. Apaixono-me perdidamente a ponto de eu me perder por completo. Perder o chão. Perder o juízo. Perder a cabeça. Perder o rumo. Perder o eixo. Porém, é no amor que me encontro e me reencontro e torno a me encontrar quantas vezes por preciso. Sou mais de escrever do que de falar. Sou daqueles que vivem o que só existe no faz-de-conta. Sou encantado por natureza. Emociono-me com porteiras, trilhos, mares, constelações, enfim, caminhos que me levam. Eu tenho meu livre-arbítrio, mas não ando só. Sei que sempre está por perto quem me quer bem e também quem me quer mal. Sou o fiel da balança. Tudo depende dos meus atos, da minha conduta, da minha vibração. Não enjeito trabalho. Se puder eu faço. Eu me coloco à mercê da espiritualidade maior. Estou a serviço do amor. Tenho ainda muito a aprender, a fazer, a desenvolver. Sou só um grão de poeira no visível do universo invisível. Em minha mudança diária quero levar cada vez menos malas, sacolas, caixas... Só me importa a bagagem interior. O corpo é só uma casca. Meus erros reconhecidos adubam meu território para que a próxima safra seja (ainda) mais proveitosa. Não há oportunidade a ser perdida. Tudo é pelos outros e pelos outros sou por mim. Cuido da minha fé em deus, em meus mentores, em mim, em meus conhecidos e desconhecidos... Fé no hoje, no amor, no auxílio, na transformação, na cura, no perdão, no que está por vir. Não mais brigo com o tempo, pelo contrário, deixo o tempo me temporizar ao seu modo. Estou com corpo, alma e espírito tentando pagar minhas dívidas, aprender a amar de verdade e ser o que eu não fui em outras experiências. Sou um caminhador. Sou um trabalhador. Sou um sonhador tentando fazer um ou outro sonho vingar. Sou imortal. Tenho começo, mas não tenho fim. E sabendo que tudo passa, tenho que praticar o desapego, por mais que isso me doa. É preciso desapegar, inclusive de mim, pois o que terminou de escrever o texto já deve ser um tanto melhor em relação ao que começou.

17/08/2010 -
Senhas
E agora, o João teve um apagão. Ao contrário do que acontece nos filmes, ele não acordou desmemoriado em um lugar desconhecido. Ele fez foi acordar em casa mesmo, ao lado da mulher, dos filhos e do cachorro maltês. Lembra perfeitamente de seu nome, de seu endereço, de sua profissão. Sabe o nome completo das crianças e da flor predileta de sua esposa. Tem consciência de que mora no décimo segundo andar de um prédio num bairro não muito distante do endereço do seu trabalho. No entanto, é como se um mundo inteirinho tivesse se apagado de sua memória....
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23/12/2009 -
Senhora dos amores
Pelo amor de quem nos tem amor, piedade dos que amam e amam demais, ò senhora dos amores. Eu, filho amoral, peço clemência nos autos da solidão mais que carnal. Socorrei-nos dos demônios da ingratidão e de toda aflição conjugal. Não permita, por favor, ò senhora dos apaixonados, que a humanidade sofra a dor e as dores da saudade. Que suas graças intercedam por nós, amantes convictos, não nos deixando aflitos com nossos corações em carne viva. Priva-nos do medo incisivo e do desamparo afetivo a partir do mais bonito conceito que há: o amor sabiá, que assovia em nossos ouvidos com a fúria dos cupidos. ...
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